segunda-feira, outubro 31, 2005

O BOI NO AÇOUGUE

Pois é amigos. Numa semana em que aconteceu de tudo, desde um boi ter fugido pelas ruas de São Paulo indo se refugiar num açougue, passando pelos desequilíbrios climáticos cada vez mais dramáticos, culminando com Hugo Chaves proibindo o Halloween em solo venezuelano, fica difícil mesmo escolher um assunto para encarar. Quem sabe um pouco de cada um....vamos tentar.

Bem, nem me arrisco a perguntar o que passa na cabeça de um boi entrar num açougue para se proteger. Até porque possivelmente nada passe na sua cabeça a não ser o instinto de sobrevivência. Mas, convenhamos, esse instinto deve estar totalmente desregulado, pois foi acabar na última morada de sua espécie....Um presságio, se ele tivesse capacidade de ler os sinais.

Mas como exigir isso do bichinho se nem nós, os humanos, dotados de intelecto, somos capazes de ler sinais tão simples e, ao mesmo tempo, tão definitivos sobre nossas vidas.

Por exemplo, alguém dúvida que os deputados que renunciaram para concorrer a novas eleições serão eleitos novamente ? Eu não tenho dúvida alguma. O povo que vota neles é do tipo “boi que vai pro açougue para se proteger”...

Numa dimensão maior do que essa, a Humanidade continua não lendo os sinais, apesar de eles serem cada vez mais explícitos....Os desequilíbrios climáticos secaram a Amazônia, inundaram o Rio de Janeiro, causaram tormentas violentíssimas no interior de São Paulo, varreram o Golfo do México, sul dos EUA e América Central com a pior temporada de furacões de todos os tempos....e o homem ainda se pergunta se isso tem alguma relação com aquecimento global, efeito estufa, consumo do Planeta, etc....Mais alguns bois que vão se proteger no açougue...

Por fim, restou-nos Hugo Chaves, aquele que se imagina Simon Bolívar ou José Marti...o cara que quer ser o expoente máximo da PANAMÉRICA....Pena que seus métodos e ações sejam tão malucos quanto os de George W Bush... Nunca fui apreciador do Halloween....mas proibi-lo parece ser demais da conta....Na sua tentativa de demonizar os EUA, Chaves parece não ter percebido que é apenas um marionete de Cuba e agora da China, que tem interesses estratégicos (energéticos) na América do Sul....

Enfim, a Panamérica idealizada por Simon Bolívar não era essa: ela nascia da identidade dos povos, do ideal de auto-suficiência, não da “troca” de um demônio por outro....Acho que Victor Hugo Chaves Costa também é boi que vai buscar proteção no açougue.

Daniel Bykoff, que tenta a todo custo não ser um boi que vai se refugiar no açougue.

terça-feira, outubro 25, 2005

AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE

Pois é amigos blogueiros. José Saramago irá lançar, no próximo dia 27 de outubro, em São Paulo, com direito a certificação ambiental e tudo, seu mais novo livro “As intermitências da morte”. Confesso-me ansioso não somente pela grandeza do autor, mas também pelo fascínio do tema, antes um grandioso tabu, hoje um assunto dos mais corriqueiros.

Pelo pouco que li das resenhas, Saramago propõe uma situação interessante: as pessoas param de morrer. Tudo vira o caos, com o colapso dos sistemas de previdência, falência de funerárias e da indústria que cerca a morte, culminando com a própria Igreja.

Realmente, o que a Igreja venderia, a partir do desaparecimento da morte ? Seu plano de marketing estaria irremediavelmente falido, pois não haveria como vender o conceito de PAGUE AGORA E DESFRUTE PARA SEMPRE!!!

O desaparecimento da morte me faz lembrar de dois filmes muito instigantes que assisti, cada um deles, a seu modo, muito interessantes. “Para Roseana” com o excelente Jean Rennó e “Encontro Marcado” com um Brad Pitt completamente diferente daquele que estamos acostumados a ver.

No primeiro, a luta desesperada de um marido para que ninguém morra na cidade e, assim, não ocupe a última vaga no cemitério, que ele pretende para sua esposa com grave enfermidade. Fantástico. No segundo, a morte encarna e deixa seus afazeres, por algum tempo, para sentir sensações humanas. Instigante.

Mas voltando a Saramago, parece que quando as coisas começam a se adaptar à nova ordem, a tal da morte volta ao convívio da humanidade, mas com um detalhe interessantíssimo: ela manda um recado de que virá buscar o dito cujo dentro de 7 dias.

Isso é o máximo mesmo: o Ceifeiro Implacável (Monty Phyton e o Sentido da Vida) dá um prazo para saber o que você faria se tivesse mais alguns dias...como na música de Paulinho Mosca: “Meu amor, o que você faria se só te restasse esse dia ???”

Acho que nos falta esse sentido de urgência da vida, de viver intensamente cada momento. Talvez fôssemos melhores assim, não fazendo tantos planos e deixando que o aqui e agora se manifestassem em toda sua plenitude.

Um beijo que não beijamos, um abraço que retribuímos mecanicamente, uma palavra de real solidariedade que deixamos entalada em nossa garganta, uma lágrima que escondemos de alguém .... tudo isso, tão banal, passaria a ter um significado enorme nessa semana de prazo. E por que não fazemos isso no resto de nossas vidas, mesmo que elas não terminem agora ?

José Saramago arremata com um “a única defesa contra a morte é o amor”, o que não deixa de ser uma grande verdade já cantada pelos 4 de Liverpool...”All you need is love”. Amor para a vida, amor para a morte.

E você ? O que faria na sua semana de aviso prévio ? Eu gostaria de saber !

Daniel Bykoff, curioso toda vida

quarta-feira, outubro 19, 2005

IF...part II

Ninguém gostou da primeira, mas sou teimoso...

MORGANA SAYONARA MENEGHEL DA SILVA

Nascida no Rio Grande do Sul, ainda pequena foi para a baixada fluminense,no Rio de Janeiro. Seu pai era segurança de empresa e sua mãe, costureira.
Desde criança, Morgana demonstrava talento para a vida artística. Gostava de cantar e dançar. O reconhecimento veio depressa: aos 5 anos ganhou o primeiro prêmio de dança da creche Caminho Suave.
Cursou o primeiro grau na baixada, indo para uma escola no centro da cidade do Rio durante o colegial. A vida de Morgana não era fácil: ônibus e trem eram disputados como jóias raras pela comunidade local, mas ela sempre foi de garra, de muita luta,sempre determinada a conquistar seus objetivos, lutar pelos seus sonhos.
Aos 15 anos entrou na turma do teatro comunitário e foi ali que realmente descobriu sua vocação: atriz. Encarava o palco com tanta naturalidade que parecia estar em sua própria casa.
A beleza de Morgana chama a atenção do empresário Augustinho Liberato, que promete transformá-la em modelo famosa, com capas de revista e tudo o mais. Sayonara percebera que era sua chance: ao tornar-se modelo, poderiam abrir-se as portas para novelas, filmes, mini-séries.
Com autorização dos pais, Morgana foi para São Paulo, onde Augustinho tinha escritório. Rapidamente já dançava na boate do empresário, a “Fantasy”, localizada na praça da República. Em pouco tempo conquistou uma legião de fãs, que se amontoava à beira do palco para ver Morgana dançar.
Aos 18 anos, descontente com o percentual pago por Augustinho, resolve abandonar a “Fantasy” e aceitar a proposta do empresário M.Matos, um ex-transformista da noite paulistana. A partir daí sua vida profissional alcançou grande projeção.
Com o pulso firme de M.Matos, que abrira mais duas casas noturnas no centro velho de São Paulo, Morgana tornou-se a “rainha da noite da boca do lixo”. Tornou-se amiga e tinha boas relações com empresários, políticos, bicheiros e jogadores de futebol. Foi com um deles, aliás, que estampou seu nome nas capas das principais revistas do país: Morgana namorou durante algum tempo o ex-jogador Zoca, irmão de Pelé.
Tal projeção chamou a atenção de Bob Guccione, criador da Pornhouse e sócio da produtora Buttman films. Morgana seria estrela internacional. A edição da Penthouse com o ensaio nu de Morgana bateu recordes de vendas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Aos 23 anos é a atriz principal do clássico erótico “Love Strange”, onde contracena com um grupo de anões. Tal filme rendeu o carinhoso título de “rainha dos baixinhos”.
Hoje, aos 43 anos, depois de 22 filmes ( dentre os quais os clássicos “Rainha dos baixinhos em Serra Pelada” e “Super Baixinhos dotados contra o baixo astral”) é empresária bem-sucedida e hoje tem sua própria produtora de filmes e é dona de 08 casas noturnas espalhadas pelo Brasil e lançou recentemente um DVD comemorativo dos 20 anos de carreira. Também é a empresária da cantora lírica Gildete Salgado, que saiu de Salvador ainda sem fama e Morgana gentilmente a acolheu em sua humilde mansão da Barra da Tijuca.
Tal sucesso profissional não acompanhou o sucesso pessoal: rompeu uma longa relação com o empresário M.Matos e estaria se entendendo novamente com Augustinho Liberato, hoje dono de um canal de TV erótico. Mantém uma vida discreta e longe dos holofotes da fama, pois preza muito a intimidade de sua filha, fruto de um rápido romance com um médico especialista em reprodução humana.
Posted by Jaime Guimarães, que não gosta de TV

MAIS CURTAS

ALMOÇO CONTRA A FOME


Ainda que o título deste post seja algo jocoso, é isso mesmo: Bush e Bono almoçaram hoje para discutir a fome...ou melhor, almoçaram para matá-la.

Fico imaginando que tipo de papo seria possível entre Bono Vox – líder do U2 indicado para o Prêmio Nobel da Paz e para a Presidência do Banco Mundial e George W. Bush – Senhor da Guerra que se diz Emissário de Deus.

O abismo cultural entre ambos é realmente imenso, mas o que mais impressiona nesse papo non sense é o abismo moral entre eles.

Não há pensamento que parta daquela cabecinha que não contemple algum ganho político ou material paupável. Por que Bush estaria preocupado com a fome, com a AIDS, com o comércio justo, com a malária, com os países do Terceiro Mundo ? Se já tem tanto para se preocupar com sua temporada particular de furacões (potencializados pela mudança climática), décifts astronômicos nas contas do governo que financia guerras no mundo todo, aparthaid em plena New Orleans, China, Oriente Médio ?

E Bono, por que procura em Bush um interlocutor que jamais entenderá o conceito de uma sociedade livre, justa e igualitária ? Por que as figuras revolucionárias acabam sempre caindo na armadilha do establishment ? Pedir a benção ao Papa, falar com Bush, colocar coroas de flores no túmulo do soldado desconhecido ? Por que não continuar sua luta cantando sua canção...e acreditando nela
How long
How long must we sing this song?
How long, how long?
Tonight we can be as one....tonight !


REFERENDO

Só mais uma palavrinha sobre o referendo de domingo. É comum que na reta final as tendências envolvidas já nem mesmo saibam o que estão dizendo e a coisa fica meio com essa cara de “vai no desespero mesmo”. Como não desejo influenciar o voto de ninguém, mas somente reafirmar minha própria crença, vai mais um pensamento para o dia do voto.

Acho absurdo dizer que os bandidos votarão sim para desarmar a sociedade. A atividade “profissional” dos bandidos não depende de uma sociedade armada ou desarmada. Eles continuarão assaltando, matando, roubando, quer você tenha uma arma em casa, quer não tenha. Acho que eles votam não, para não secar a fonte fornecedora de suas armas. E se eu acredito que os bandidos votam não, acho que não posso estar do mesmo lado.


AINDA A GRIPE AVIÁRIA

Pois é...depois daquela despretenciosa historinha ficcional, parece que a Humanidade se deu conta dos enormes riscos “pandêmicos” e hoje cientistas húngaros anunciaram que testes clínicos com uma vacina desenvolvida por lá já se mostraram mais do que satisfatórios. Os húngaros afirmam ter condições de fazer uma vacina de alguma cepa mortal (e mutante) de gripe aviária que seja transmitida ao homem, rapidamente e em escala ! Uma boa notícia para Paulo, Márcia, sua filhinha e o resto da humanidade.....

DEPOIS DA TEMPESTADE SEMPRE VEM A AMBULÂNCIA !!!!


AGRADECIMENTOS NO CURTAS

Aproveito este post para agradecer aos amigos que leram, leram e comentaram ou comentaram mesmo sem ler. Esse carinho e apoio são essenciais para quem se dispõe a fazer parte da Massa Crítica. Valeu mesmo !!! De leve !!! Continuem fazendo deste Blog a sua casa.

domingo, outubro 16, 2005

TAMIFLU

Viver em apartamentos deixou de ser sinônimo de segurança. Afastar-se de grandes centros, viver a vida mais simples, expor-se menos aos riscos epidêmicos fez com que Paulo, Márcia e sua filhinha de 5 anos mudassem completamente sua vida.

Com as economias que possuíam, mais a venda do apartamento num grande centro urbano, eles decidiram alugar uma casa numa bucólica e pacata cidade do interior paulista.

A gripe aviária já havia sido localizada na Colômbia e, se até o Presidente da República já havia identificado o perigo que isso representava, estava claro para a família que a coisa era séria mesmo. É que ele, o presidente, não sabia de nada a respeito do enriquecimento do filho, dos mensalões dos amigos, da manipulação e aparelhamento do Estado para a eternização no poder, da atuação de seu irmão mais velho, e, se conseguia agora enxergar essa ameaça, é porque ela era mesmo iminente.

Paulo percorreu algumas farmácias à procura do “Tamiflu”, sempre confundido pelos farmacêutucos com o “tamu fú”, o que não deixa de ser um outro significado possível para esse remédio antiviral fabricado contra a gripe aviária. Nada. Parece que o Laboratório responsável por sua fabricação resolveu abastecer os locais que realmente interessam, ou seja, o Hemisfério Norte.

Mas, paciência...uma vida sem stress, mais pacata e tranqüila, com melhor cuidado na alimentação e prevenção de doenças poderia compensar a falta do tal Tamiflu.

O apartamento foi vendido com facilidade, assim como foi simples vender o Honda Civic de Paulo. Com dinheiro no banco, das vendas e de seu patrimônio amealhado em muitos anos de atividade brilhante e lícita, decidiram que seria melhor mantê-lo por ali mesmo e viver com os seus rendimentos.

Chega de neurose de contaminação nos elevadores do prédio, ou na escolinha freqüentada por sua filha, halls de prédios, malls de shopping centers, supermercados, etc (impressionante como se troca doenças nesses locais).

A casa que escolheram era muito ampla, arejada, ensolarada. O terreno permitia que cultivassem uma horta. Mas nada de animais e, principalmente, de aves. Paulo e Márcia mantinham-se atualizados com notícias do mundo através da internet e da televisão, muito embora não acreditassem muito na última. A vida seria boa por ali e o vírus da gripe aviária não chegaria perto. Enquanto isso, procuravam por farmácias “on line” e pelo tal do Tamiflu.

As compras de gêneros alimentícios eram criteriosamente estudadas para potencializar as defesas e reduzir riscos. Horários, forma de contato com os vendedores, hábitos cada vez mais rígidos de higiene (especialmente manuseio de dinheiro) foram implantados.

Resolveram construir uma “porta anti-contaminação”. Ume espécie de câmara que antecedia a própria porta de casa. Ali eles recebiam uma névoa de um poderoso descontaminante viral e bacteriano. Deixavam suas roupas para tratamento e vestiam roupas já descontaminadas. Assim não havia como as novas doenças do século 21 chegar até eles.

Montaram um grande estúdio para instalar uma TV de plasma, que era sua janela para o mundo. A comunicação com todos era on line e Paulo continuava com sua atividade de marketeiro e professor universitário, através de teleconferência ou aulas previamente gravadas (essa última uma atividade que exercia por mero capricho, já que não dava dinheiro). Márcia continuava gerindo seus negócios (uma confecção e um café natureba na capital). O contato era virtual. Ah.... a tecnologia. Ela nos permite todas essas facilidades e nos enclausura atrás de portas e fortalezas.

Agora era apenas esperar que os pesquisadores conseguissem evitar a pandemia. Márcia comentou com Paulo que leu em algum lugar que todos os ecossistemas tem um equilíbrio muito tênue. Onde há o vírus, certamente está a cura, na forma de alguma planta, ser ou substância para isso. Seu receio era o de que, tal como o Ebola, o Sabiá e outras viroses terríveis, a Humanidade não pudesse encontrar o antídoto em razão do desaparecimento das espécies.
Conversavam sobre isso na sala, enquanto o Jornal Nacional, em Edição Extraordinária, anunciava um caso de gripe aviária em Brasília.

Daniel Bykoff, que procura viver a vida um dia depois do outro e que sabe que está mais do que na hora de mudarmos nossos paradigmas, caso contrário TAMIFLU !!!

sexta-feira, outubro 14, 2005

if....?

Da série "túnel do tempo"....um futuro alternativo.


Emanuel Viana

Caetano Emanuel Viana Telles Veloso nasceu em 1942 na pequena cidade de Santo Amaro, Bahia. Desde cedo teve que trabalhar na roça para ajudar no sustento da família de 05 irmãos.
Cursou o primário em Santo Amaro e ali mesmo parou os estudos. Sem grandes perspectivas, foi para Salvador, capital baiana, onde começou a trabalhar como atendente de lanchonete. A vida era difícil para o jovem Viana (como era chamado) e o pouco dinheiro que ganhava mandava para os familiares em Santo Amaro.
Mudou de emprego diversas vezes até estabelecer-se no porto de Salvador. Experiente no preparo de lanches, logo ganhou fama entre os marinheiros como o “melhor lancheiro da Bahia”. E isto chamou a atenção do capitão do navio Inglês “London London”, aportado em Salvador por aqueles dias.
Recrutado como grumete, zarpou em direção ao grande mar e durante a viagem ganhou a estima dos marinheiros ingleses pela rapidez e pelo preparo dos lanches. Em troca, os marinheiros davam aulas de Inglês ao jovem Viana.
Apaixonou-se por Londres e por lá ficou, clandestino, por alguns anos. Trabalhou muito tempo numa lanchonete bastante freqüentada por hindus, os quais também provaram seus famosos lanches.
Descoberto pela polícia inglesa, Viana é deportado para o Brasil, onde passa a trabalhar como guia turístico. Casou-se com sua prima Maria Antônia e teve 2 filhos. Junta as economias e abre um bar na periferia de Salvador. Diversifica os negócios, fazendo lanches para os meninos venderem na praia e também foi um dos precursores do hoje famoso marmitex.
Eleitor de Antônio Carlos Magalhães, a quem “nunca viu pessoalmente”, o grande sonho do senhor Viana é ver seus dois filhos alcançar o sucesso. Emanuelzinho e Vianinha Jr. já tocam suas próprias composições sertanejas em alguns bares de Salvador e, pelo o que dizem, os jovens tem futuro. Para alegria do senhor Viana.
by Jaime Guimarães, leitor curioso de teoria do caos e dimensões paralelas.

quarta-feira, outubro 12, 2005

CURTAS - MASSA CRÍTICA

Pérolas sobre o debate do desarmamento

Outro dia ouvi um depoimento compenetrado e sério de algum “especialista”. Ele soltou essa pérola que faço questão de transcrever para todos: “Ninguém vai assaltar um banco se todos da fila estiverem armados.” Achei o máximo a situação, ou metáfora...sei lá. Fico pensando o que uma fila de banco faria toda armada. “Ei Johnny, essa fila é longa demais para nós dois”, “Finalmente te encontrei Doc...”, “Você furou a fila e por isso deve morrer, maldito verme”. Fora a fila externa para passar com as armas pelas portas giratórias.....Excelente argumento mesmo.


Limitação ao direito individual

Outra legal partiu do Deputado Fleury. Ele disse ser contra a proibição porque o Estado não podia tolher a liberdade individual impondo regras de conduta aos cidadãos (?). Partindo de um ex-Promotor de Justiça a afirmação soou meio estranha. Mas vá lá.... vale tudo no referendo. Aí (acho que foi) o Dalmo Dallari sacou essa: ele esteve numa conferência em Nápoli, conhecida por seu trânsito absolutamente caótico. Disse que lá simplesmente não havia regras de trânsito...terra de ninguém mesmo. E perguntou ao nobre deputado se as regras de trânsito também não constituíam inaceitável limitação à liberdade individual....Propôs então, seguindo o “raciocínio” do Fleury, que cada um decidisse qual farol respeitar, que limite de velocidade seria o adequado para ele, e por qual via trafegar, independentemente da mão indicada nas placas. Fica a referência.


Bomba também é arma

Entrar num avião portando uma bomba também deve fazer parte da proibição de armas. Enquanto o referendo não proíbe de vez, ou não libera, sirvo-me da estatística (tão valiosa quanto o conhecimento dos afluentes da margem esquerda do Rio Negro...essa é uma outra discussão a ser retomada em algum outro texto). Voltando: está provado, estatisticamente que a probabilidade de você entrar num avião no qual alguém esteja portando uma bomba, é de 1 em 10.000.000; entrar num avião no qual 2 pessoas estejam portanto uma bomba é de 1 em 1.000.000.000.000.000. Daí porque decidi, sempre que for voar, levar a minha própria bomba. Assim diminuo os riscos de alguém também levar a sua.


Classe política

Classe política é uma expressão inconciliável, nos dias de hoje. Não há classe na política e não há mais políticos com classe (sirvo-me novamente das estatísticas, não pretendo generalizar). Melhor usar os coletivos, bando, matilha, covil, etc. A pergunta que mais me intriga é a seguinte: é possível uma sociedade não corrupta eleger tantos corruptos ? Ou a sociedade brasileira está perfeitamente espelhada em seu Congresso ? A se pensar.


A última

Eventos sincrônicos, coincidências, predestinação são conceitos não muito bem entendidos por nós. Tá certo que a gente não se esforça muito para isso. Conheço dentistas com sobrenome Canal, Possidenti, por exemplo; conheço médicos com sobrenome Modes (esse é ginecologista); juízes com sobrenome Direito (esse é um Ministro do STJ). Será que ao nascer eles já estavam predestinados às suas profissões ou foi o nome que mudou os planos ? Tempos atrás, de passagem por São Tomé das Letras, passei por um açougue (fechado na hora do almoço). Jamais esqueci do letreiro daquele açougue: AÇOUGUE DOIS IRMÃOS. E, do lado, também em letras grandes, estava escrito: BOVINO E SUÍNO !!!! Será que a profissão deles também estava marcada nos nomes ou nos apelidos ????

Daniel Bykoff, também é galhofeiro, ainda que essa especialidade seja do “parceiro e partner” Jaime – O Groo

sábado, outubro 08, 2005

RESERVA DE MERCADO E CIÊNCIA

Muito embora eu prefira propor discussões e reflexões sobre temas que surgem no dia-a-dia, sugerindo uma nova abordagem, nem sempre isso é possível. O cotidiano é rico em assuntos relevantes, mas nem sempre estamos antenados e capazes de sintonizar o evento sincrônico a tratar.

Bem, isso veio à tona como introdução para o assunto que pretendo abordar, ainda que superficialmente (mesmo porque me falta o mínimo de competência para tanto): o papel da Filosofia no mundo contemporâneo.

Por que será que a Filosofia (e conseqüentemente os filósofos) estão tão fora de moda e tão difíceis de encontrar nos dias de hoje ? Será que a Humanidade deixou de lado suas dúvidas existências ? Será que já não nos importa saber quem somos, mas somente quando será depositado nosso mensalão ? Ou ainda: será que é menos importante saber de onde viemos, mas quanto tempo ainda demora para nos aposentarmos ? Onde foi parar o glamour dos livros de Filosofia ?

Ainda que diversas respostas possam ser dadas a essas perguntas, arrisco-me a dizer que as dúvidas existências não deixaram de existir, somente que agora elas não são mais objeto da Filosofia.

Parece que os cientistas se ocuparam dessas perguntas e invadiram a seara até então ocupada somente por pensadores. Os experimentos, hoje em dia, são voltados a encontrar a partícula que nos une a todos, a desvendar hologramas, a descobrir o exato momento do Big Bang, a provar a existência (ou não) de outras vidas, e a própria existência de Deus.

Ora, se a Ciência deseja avidamente provar quem somos, de onde viemos, para onde vamos, realmente não sobra muito para a Filosofia (a não ser as respostas às perguntas menos importantes). Numa outra forma de dizer: a Ciência tem se preocupado com o principal; a Filosofia com o acessório.

Faria bem a Ciência em encontrar logo essas respostas para que pudesse, então, responder à pergunta verdadeiramente urgente: como impedir o desastre iminente que nos aguarda? Será preciso uma catástrofe para convencer a todos? Alguém viu as fotos da seca do Amazonas no Perú? Ou será que é tão difícil entender que o crescimento global de riqueza (leia-se PIB) se faz com o empobrecimento do Planeta ?
Daniel Bykoff, que não é cientista nem filósofo, mas que acha que enxerga um pouquinho mais do que alguns palmos à frente do seu nariz.

quinta-feira, outubro 06, 2005

AGORA ESTÁ TUDO EXPLICADO

Acabei de ler que a BBC levará ao ar, em breve, um programa especial abordando os conflitos no Oriente Médio, com enfoque especial para essa “cruzada” de George W. Bush (Bushinho para os íntimos) contra o terrorismo.

Até aí nada de mais porque especiais desse tipo foram produzidos às dezenas mundo afora.

O que pincei da notícia, para comentar com vocês, foi a principal razão que levou o presidente da maior potência mundial a invadir o Afganistão, o Iraque, “dar” um Estado aos palestinos e a “paz” aos judeus de Israel: foi uma ordem direta de Deus.

O Senhor da Guerra é amigo íntimo do Todo Poderoso e recebeu ordens diretas, do tipo: George, vai lá e acaba com essa palhaçada do Osama....George, faça o que deve ser feito para destruir Saddan Hussein....George, promova a paz no Oriente Médio.

O conteúdo do programa, todo nesse sentido, foi submetido à Casa Branca e ninguém se manifestou por lá. Na certa porque a maioria não quer contrariar o verdadeiro braço direito do Altíssimo; e os demais porque não sabiam como manejar o vídeo cassete.

Quer dizer, por que pedir para que o Papa interceda junto a Deus, se temos Bush para nos guiar e para receber instruções diretas do segundo andar ? Ordens expressas com o comando Right now !!!

Pena que o Todo Poderoso não tenha dito: George, acabe com essa palhaçada de consumir o planeta mais do que é possível....George, chega de beneficiar as indústrias petrolíferas senão te mando mais uma temporada fulminante de furacões....George, menos, não viaja na maionese.

Agora então, como tudo é moda nos EUA, logo surgirá uma nova Igreja, calcada nos ensinamentos texanos e com adoradores de balas, canhões, hambúrgueres e batatas fitas. Aliás, para que hóstia ? A comunhão será feita com fritas mesmo. Vai catchup, perguntará o pastor ?!

Hoje prometo que vou lançar uma prece para o Universo e acho que seria de bom tom que cada um, à sua maneira e com a fé que tiver, faça o mesmo: Ó Força Suprema (aqui você substitui pelo destinatário da prece), livrai-nos da democracia e das apurações americanas e fazei com que nenhum outro imbecil coloque o seu traseiro naquela cadeira presidencial ... já nos basta este. Para o bem do planeta e das futuras gerações. Amém.
Daniel Bykoff, que recebeu uma comunicação divina agorinha mesmo....Daniel, vai lá e espinafra esse cowboy megalomaníaco no teu Blog

terça-feira, outubro 04, 2005



DESARMEM A IMPRENSA!

Depois de um período dedicado a mensalões e esquemas espúrios no planalto, a discussão sobre o referendo do dia 23 de Outubro para definir a favor ou contra o desarmamento chega às ruas e ao cidadão comum.

O cidadão tem o direito de votar como manda sua consciência. Essa é a prerrogativa inicial de uma sociedade democrática. Durante as conversas familiares pode-se haver discussões e debates entre os membros da casa sobre o referendo e isso é válido e salutar, principalmente após a propaganda que já é exibida na TV e emissoras de rádio (mesmo que uma das frentes, a que apóia o desarmamento, utilize-se de “atores globais” para o convencimento do cidadão).

A imprensa tem um papel fundamental no referendo. Informar seus leitores, seus telespectadores, seus ouvintes, seus internautas sem tomar partido por “A” ou “B” é o que se chama de bom jornalismo: Informar, sem manipular.

Neste ponto, é frustrante verificar como dois dos maiores veículos de informação e comunicação do Brasil tem comportado frente ao referendo. A revista VEJA, que ostenta ainda o título de revista séria e “indispensável”, na sua edição de número 1925 de 05 de Outubro de 2005 tomou partido pelo “não ao desarmamento” e estampou na capa as “7 razões para votar não”. A “reportagem”, se assim podemos chamá-la, é digna de um panfleto para os grupos favoráveis ao direito de portar e comprar uma arma. Como a capa já demonstra, o conteúdo da matéria é tendencioso e tenta direcionar a escolha do leitor para a causa defendida pela revista. Em nenhum momento analisou-se o que a proibição da compra e do porte de armas poderia trazer de positivo para o país – afinal, esta é também a função do jornalismo: mostrar os dois lados da questão.

A revista VEJA há muito deixou de transmitir credibilidade. Uma revista que já comparou Che Guevara a Bin Laden e Fernando Collor a Lula, distorce a notícia (para lembrar um caso recente, uma manifestação contra a corrupção no Rio Grande do Sul transformou-se em manifestação contra o governo Lula, com a foto de uma garota representada como cara-pintada dos tempos modernos exigindo o impeachment do presidente Lula) e fomenta valores de consumo fúteis não pode ser levada a sério – inclusive por manter um colunista (Diogo Mainardi) que tenta ser polêmico como Paulo Francis (obviamente, um insulto a mestre Francis).

Já a Rede Globo de TV é mais sutil. Mas não passa incólume. Na edição do Jornal Nacional desta segunda-feira 03 de Outubro foi exibida reportagem sobre pesquisa revelando que criminosos usam armas legais, ou seja, armas que estiveram nas mãos dos chamados cidadãos de bem e que foram parar nas mãos dos bandidos. Logo depois, na edição da reportagem, aparece a governadora do Rio de Janeiro, Dona Rosinha Matheus declarando-se favorável ao desarmamento.

Não cabe discutir aqui a metodologia da pesquisa e suas conclusões, e sim o contexto em que a reportagem do Jornal Nacional foi exibida. Ao final da propaganda obrigatória sobre o referendo, volta o jornal com a reportagem sobre a briga envolvendo policiais militares e torcedores do Internacional no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. As imagens, de fato, são chocantes: policiais com espingardas atirando em torcedores gaúchos e pessoas feridas. A imagem de uma criança protegida pelo pai é frisada. A ênfase da reportagem é dada ao procedimento da PM que utilizou armas para conter uma confusão entre torcedores. Logo depois entra a tal reportagem sobre a pesquisa mencionada.

De forma sutil, a Rede Globo tenta manipular a escolha do cidadão. O enfoque das reportagens exibidas é claramente tendencioso, culminando com a fala da governadora do Rio de Janeiro que se declara a favor do desarmamento. Exatamente após a propaganda do referendo, o telejornal mais assistido do país (lembrando que a Rede Globo chega a mais de 99,8% do território e da população brasileiros) exibe duas reportagens sobre armas e violência, e com o argumento utilizado na propaganda dos favoráveis à proibição da venda e porte de armas de fogo: a arma do cidadão de bem pode parar nas mãos dos bandidos.

Todos sabem que a informação no Brasil é controlada por meia dúzia de grupos. E cada grupo tem sua ideologia que tenta impor à massa (a revista VEJA, por exemplo, não perdeu sua oportunidade de tirar sua “casquinha” do MST). O que VEJA e Rede Globo estão fazendo não é jornalismo. É manipulação e atenta contra a ética jornalística, desprezando o compromisso de informar aos cidadãos os dois lados da moeda e visa somente atender aos interesses de seus grupos políticos e empresariais.

O que eles não esperavam e não contavam era que a Internet vem democratizando o acesso à informação.Aos poucos, mas o suficiente para incomodar. Grandes e pequenas intervenções. É isso o que esta Massa Crítica propõe: incomodar. Engatinhando, ainda, mas evoluindo.

Jaime Guimarães é míope, mas não gosta de ser feito de bobo.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Um gato e a morte

Pois é. Fazer massa crítica é um trabalho que demanda superação. É tentar encontrar uma nuance, um enfoque diferente e uma nova forma de abordagem de temas que, de tão surrados e já esmiuçados, não nos tocam mais.

Emocionar-se, então? Nem pensar ... Patrulhas diversas nos impedem de manifestar um pouco de humanidade neste mundo tão carente de demonstrações explícitas de carinho, compreensão, piedade ou quaisquer outros sentimentos rotulados de piegas.

Li que na Flórida alguém desviou de um gato e matou um jovem que estava sentado no meio fio, com seu skate na mão. A matéria limitou-se a narrar o acontecimento e a eximir o motorista de culpa porque o menino estava com metade do corpo na rua (como se isso fosse uma sentença de morte).

Logo alguém vai transformar essa notícia em piada, ou algum trocadilho. O fato é comum, é certo...prosaico até. Mas, caramba ...alguém vai se colocar na pele desse motorista que acabou de matar um jovem ? Alguém vai pensar, por um momento que seja, nos planos de uma vida que acabou de sumir instantaneamente para que um gato pudesse sobreviver (nada contra o bichinho)? Numa namorada que esperou uma ligação, que não veio? Numa família que preparava uma viagem de fim de ano? Sei....tudo isso é piegas...

E quanto ao motorista? Que impacto uma morte provocada por motivo banal vai lhe trazer ? Vai fazer análise ? Vai entregar-se a algum vício ? Vai enxergar o jovem morto em todos os jovens que passarem-lhe pela frente ?

Quantas vidas há numa tragédia...e quanta tragédia pode surgir de um acidente de carro (que na verdade mata mais do que armas de fogo, é bom que se diga....).

Mas essa reflexão só é possível num momento de fraqueza. Logo alguém chega e te diz, deixa de frescura, tem gente morrendo de fome: deixa de ser frouxo, pensa na tua vida; deixa de ser pisciano, você não pode resolver os problemas do mundo; deixa de ser maluco e pensa em alguma coisa produtiva.

Fica o registro, o pensamento e o carinho dedicado a todos os atores dessa tragédia. Tentar entender o masterplan de tudo isso é realmente pirante. Daí porque estou com Lobão: “Vida louca, vida breve....Já que eu não posso te levar, quero que você me leve.”
Daniel Bykoff, apenas um cidadão do mundo

domingo, outubro 02, 2005

ARMAS: SIM OU NÃO ?

Texto inaugural é sempre uma grande responsabilidade. Mais ainda quando tantos assuntos “momentosos” nos forçam a um juízo de valor. Seja na política, catástrofes climáticas, exaurimento do planeta, violência, etc, somos bombardeados com notícias que merecem reflexão mais profunda. É o legado que herdamos de nossos pais e é esse legado que nos cabe passar para nossos filhos, melhor ou pior do que o recebemos. As linhas que escrevemos hoje serão história, algum dia. Seremos os mocinhos ou vilões? Aqueles que acabaram com tudo ou aqueles que salvaram alguma coisa?

Tendo isso em conta, decidi falar um pouco do referendo sobre a proibição de armas.

Em breve seremos convidados a dizer se somos a favor ou contra a proibição de venda de armas de fogo. Podem apostar que até lá seremos “bombardeados” com propaganda de “grosso calibre” de lado a lado. Surgirão estatísticas, estudos comparativos, opiniões de especialistas, de vítimas de violência, de Comissões de Direitos Humanos, de Igreja, de ONGs...enfim, seremos convidados a pensar e escolher.

Independentemente da impropriedade da pergunta (ser a favor da proibição é o mesmo que ser a favor do contra), gostaria de propor uma reflexão, que certamente não será abordada nas propagandas de TV e Rádio. Ela tem a ver com nossa “programação”.

Se me perguntam “você é favor de alguma coisa ?”, intuitivamente me vem à mente a pergunta “você faria isso ?”. Por isso, quando o referendo me pergunta se sou a favor da proibição da venda de armas, me pergunto se eu usaria uma arma de fogo como forma de defesa contra a violência. Minha resposta é não: não compraria e não usaria uma arma de fogo. Só que essa resposta não exaure a pergunta: não perguntaram de mim, mas se eu acho que devemos proibir ou não para todo mundo. Aí a resposta já não é minha, porque não posso querer impor minha vontade sobre o livre arbítrio de ninguém.

Apesar disso, à mingua de outras opções, vou responder sim ao referendo, embora reconheça que não é minha vontade que pode impor-se à vontade de alguém que queira se armar.

Posso apenas dizer que, ao comprar uma arma para defender-se, o sujeito está “programando” em si um risco que poderia jamais existir (tanto que a maior parte das pessoas não foi assaltada, assassinada ou viveu situação de risco). E as coisas acontecem na nossa vida segundo essas programações que nós próprios fazemos. Alguém que vive dizendo que é muito difícil encontrar emprego, certamente terá mais dificuldade em encontrá-lo; alguém que diz que é um mala e não tem amigos, certamente os afasta; alguém que diz que não tem sorte no amor terá menor chance de vivê-lo.

E, nessa trilha, alguém que supõe precisar de uma arma para defender-se, pode realmente deparar-se com uma situação limite, na qual ela seja necessária. Eu prefiro acreditar que não precisarei de armas. Nunca !
Daniel Bykoff, é advogado, pacifista convicto e co-responsável por este Blog.

sábado, outubro 01, 2005



O quê
Pensar. Interconectar e trocar. Fazer sentido e ecoar.

Quem
Todos nós. Faces da mesma moeda. Holograma.

Porque
Interagir. Identificar o que nos une e o que nos afasta.
Lançar visão crítica. Ser humano. Atuar.

Quando
Agora e sempre!!!

Onde
Aqui. Dentro de teorias transitórias, fora de regras pré-estabelecidas.
Nas opiniões e debates sem amarras.

Armas
Um blog. Um editor de textos. Neurônios.

Para que
Encontrar a tribo, desprogramar, reprogramar.
Desvendar o caminho, encontrar os atalhos.
Todo caminho é mágico, mas é preciso trilhar.

Nessa era de Blogs, é o que nos cabe neste latifúndio !!!